segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Lula chega a hospital para primeira sessão de quimioterapia

Ex-presidente começa nesta segunda tratamento contra câncer na laringe.
Tratamento de quimioterapia deve durar pelo menos três semanas.
Juliana Cardilli Do G1, em São Paulo
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou por volta das 10h desta segunda-feira (31) ao Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde fará a primeira sessão de quimioterapia para tratamento de um câncer na laringe. O tratamento, segundo os médicos, deve durar pelo menos três semanas, podendo ser estendido a depender dos resultados.
O carro que levava Lula entrou pela garagem do hospital, não passando pela portaria principal do Sírio-Libanês, onde a imprensa o aguardava.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao chegar no Hospital Sírio-Libanês nesta segunda (Foto: Nelson Antoine / Agência Estado)


O câncer do ex-presidente está localizado sobre a glote. Em entrevista ao "Fantástico", neste domingo (30), o médico Roberto Kalil afirmou que as chances de cura do câncer do ex-presidente são de 80%.
"Os oncologistas são extremamente otimistas em relação ao tratamento proposto, a quimioterapia seguida de radioterapia. Há uma grande chance de cura. Segundo os oncologistas, em torno de 80% [de chances de cura total], o que é bastante bom", disse Kalil.
Lula vai receber um coquetel com três medicamentos: taxotere, cisplatina e fluorouracila. Os remédios vão agir para interromper a multiplicaçao desordenada das células, o que caracteriza a existência do tumor. Segundo médico, o tratamento pode causar queda de cabelo, descamação da pele e o sistema imunológico pode ser afetado.
"Nesse tipo de quimioterápico, os efeitos [colaterais] são gastrointestinais. Tanto diarréia como constipação intestinal, enjoo, queda da imunidade, um tipo de fraqueza. Isso pode acontecer, com certeza, queda de cabelo e barba é bem provável que ocorra isso", explicou o médico.
Um catéter, ligado a uma bolsa que ficará amarrada na cintura de Lula, será instalado do lado de direito do peito do ex-presidente para que seja injetada medicação direto na corrente sanguínea por cinco dias.
O que levou Lula ao hospital foi uma rouquidão anormal, que surgiu há cerca de 40 dias. Ele passou por uma ressonância magnética e uma tomografia de pescoço, exames que acabaram por levar ao diagnóstico da doença

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