Marco Carvalho - repórter
Todas as nove pessoas detidas na operação "Mensalão da Vila", deflagrada nesta segunda-feira (19), foram transferidas para o Centro de Detenção Provisório em Macaíba, na Grande Natal. Eles permanecerão em cela separada dos demais presos por exercerem cargos públicos na administração municipal de Vila Flor. Até mesmo o prefeito da cidade, Grinaldo Joaquim de Souza, foi levado para o CDP.
Todas as nove pessoas detidas na operação "Mensalão da Vila", deflagrada nesta segunda-feira (19), foram transferidas para o Centro de Detenção Provisório em Macaíba, na Grande Natal. Eles permanecerão em cela separada dos demais presos por exercerem cargos públicos na administração municipal de Vila Flor. Até mesmo o prefeito da cidade, Grinaldo Joaquim de Souza, foi levado para o CDP.
O prefeito de Vila Flor Grinaldo Joaquim de Souza também ficará no Centro de Detenção Provisória
Inicialmente, parte dos acusados haviam sido levados para o quartel do Comando Geral da Polícia Militar, no bairro do Tirol. Após análise, percebeu-se que o destino adequado era o sistema prisional estadual, em seus estabelecimentos provisórios. Grinaldo chegou a dormir no quartel antes de ser transferido na manhã desta terça-feira (20) para o CDP.
A operação coordenada pela assessoria jurídica judicial da Procuradoria-Geral de Justiça e pelo Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (GAECO) mobilizou 22 Promotores de Justiça, em parceria com a Polícia Militar, e deu cumprimento a 19 mandados de buscas e apreensões, e a nove mandados de prisões preventivas de pessoas supostamente envolvidas em crimes de corrupção e contra a administração pública, devidamente expedidos pelo desembargador Dilermando Mota.
Operação Mensalão da Vila
A operação do Ministério Público Estadual, batizada de Mensalão da Vila, prendeu ontem preventivamente nove pessoas, entre elas os principais políticos da cidade, por suspeita de esquema de corrupção envolvendo o prefeito Grinaldo Joaquim de Souza e seis dos nove vereadores da cidade. Segundo o MPE, o prefeito pagava "mensalão" aos vereadores para obter apoio político e projetos aprovados no Legislativo. O prefeito da cidade, Grinaldo Joaquim de Souza, distribuía aos vereadores valores mensais de R$ 500 em troca do apoio integral do Legislativo. Esporadicamente, Grinaldo também destinava R$ 1 mil para "quebrar o galho" daqueles que lhe apoiavam. Além do prefeito e dos vereadores, foram presos o secretário de Obras, João Felipe de Oliveira, e o ex-secretário de Administração, identificado como principal articulador político do esquema. Entre os crimes apurados há a formação de quadrilha e corrupção ativa e passiva. A lista pode crescer após uma análise mais aprofundada dos documentos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário