sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Henrique visita Varela Santiago e convida diretor para solenidade em Brasília

O deputado federal Henrique Alves (PMDB), realizou ontem uma visita ao Hospital Infantil Varela Santiago, em Natal. O deputado entregou ao diretor da unidade, Paulo Xavier, um convite para participar de uma solenidade na Câmara dos Deputados, em Brasília. O médico Paulo Xavier será condecorado pelos serviços prestados à população potiguar através do hospital infantil. A visita foi acompanhada pelo também peemedebista, o deputado estadual Hermano Morais. 
Adriano AbreuHenrique visitou hospital junto ao deputado Hermano Morais e ao presidente do Dnocs, Elias Fernandes
                                               
Os deputados participaram de uma breve reunião com os diretores do complexo hospitalar e ouviram relatos de dificuldades financeiras para manter a quantidade e o nível de atendimento às crianças de todo o Rio Grande do Norte. Cerca de 90% das intervenções cirúrgicas em crianças, são realizadas no Varela Santiago. A falta de recursos, porém, fez com que o hospital deixasse de realizar cirurgias neurológicas há cerca de dois meses. Os procedimentos são feitos agora no Hospital Estadual Maria Alice Fernandes, na zona Norte.

Henrique Alves assegurou que irá marcar uma audiência com a governadora Rosalba Ciarlini para a próxima segunda-feira (31), junto com o deputado estadual Hermano Morais e o diretor do hospital, Paulo Xavier, para que seja discutida a possibilidade de ampliação do repasse de recursos para a unidade. Além disso, o deputado federal confirmou que vai trazer o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, para conhecer as instalações do Hospital Infantil Varela Santiago. A vinda do ministro poderá ocorrer no próximo mês.

Atualmente, um membro do Ministério da Saúde faz o acompanhamento do atendimento no Hospital Walfredo Gurgel. O objetivo da vinda deste técnico é traçar um panorama das principais dificuldades do maior complexo hospitalar do estado e propor melhorias. Durante a visita ao Varela Santiago, Henrique Alves afirmou que não existe mais a possibilidade do Walfredo Gurgel continuar absorvendo a demanda estadual. Para ele, a construção de uma nova unidade hospitalar deve ser seriamente conversada com o Estado.

Acompanhados dos diretores da unidade, os deputados percorreram algumas alas do hospital, conversaram com pacientes e funcionários. "É importante que conheçamos a estrutura oferecida aqui para que possamos pleitear mais recursos junto ao Governo Estadual e Federal",  analisou Henrique Alves.  Ele reiterou que o Varela Santiago é um dos hospitais mais exemplares na questão da dedicação, competência e, infelizmente, enfrenta problemas financeiros graves. "Quero ver com a governadora como a gente poderá ajudar mais", destacou o deputado federal Henrique Alves.

Hospital funciona com déficit financeiro


De acordo com diretor do Hospital Infantil Varela Santiago, Paulo Xavier, a unidade funciona hoje com um déficit mensal de recursos de R$ 119.032,94. Para manter o pagamento de fornecedores e funcionários em dia, a direção do hospital afirmou que recorre à empréstimos financeiros junto a Caixa Econômica Federal (CEF). "Não posso mais contrair empréstimos. Nossa dívida junto ao banco já soma mais de R$ 2 milhões", ressaltou o diretor.

Mensalmente, o hospital atende até 12 mi crianças. Para manter todas as especialidades das quais dispõe atualmente, o Varela Santiago teria que ter disponível mensalmente cerca de R$ 1,1 milhão (para pagamento da folha de funcionários e fornecedores). O hospital, que funciona através do financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS), recebe ainda recursos das Secretarias Estadual e Municipal de Saúde. Atualmente, a Prefeitura de Natal tem um débito de R$ 166 mil com o Hospital Infantil.

Além dos atendimentos pediátricos mais simples, pelos quais cada consulta custa R$ 2 ao SUS, o primeiro centro de oncologia infantil estadual foi criado no Varela Santiago. Cânceres como leucemia e tumores cerebrais são os mais comuns entre o público infantil. Muitas crianças realizam as sessões de quimioterapia no próprio hospital, além de receberem medicação e acompanhamento médico especializado. Cada consulta com especialista custa R$ 10 ao Sistema Único de Saúde.

Além do baixo valor pago pelos procedimentos médicos, o repasse de verbas através de programas do Governo Estadual como o Cidadão Nota 10, por exemplo, está atrasado há cerca de dois anos. O Hospital tem cerca de R$ 300 mil acumulados em notas fiscais, mas o Governo não sinaliza quando fará o repasse. "Os governantes deveriam ser conscientes da importância deste hospital. Corremos o risco de fechar algumas alas do nosso hospital devido aos nossos problemas financeiros", admitiu Paulo Xavier. 
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