A governadora Rosalba Ciarlini confirmou o entendimento entre o DEM e as principais lideranças do PMDB, entre elas, o líder do partido na Câmara, Henrique Eduardo Alves, com vistas às eleições municipais de 2012, com desdobramentos para 2014. "É natural que a gente possa, em nível de município, ter um entendimento que nos fortaleça nos associando também à importância e força do PMDB".
assecom-rnRosalba destaca que aproximação com o PMDB vem desde 2006, quando foi eleita para o Senado
As declarações são da governadora Rosalba Ciarlini e foram dadas ontem, em entrevista à TRIBUNA DO NORTE, após a solenidade de inauguração da nova agência da Previdência Social, no município de Angicos, a 190 km de Natal. A governadora fez questão de destacar que a aproximação com o PMDB não é de hoje, vem desde 2006, na campanha em que se elegeu senadora.
"No ano seguinte, a grande maioria do PMDB esteve do meu lado, então é mais que natural essa continuidade", afirmou. A governadora afirmou que "a aproximação inclui o conjunto de partidos que apoia o governo. Em seu discurso, durante a solenidade em Angicos, o ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho também fez menção a uma possível aliança, ao falar sobre a campanha de Rosalba ao governo, em 2010.
"A campanha de Rosalba representou um desafio, que foi eu apoiar um candidato e Henrique outro. Como somos unidos, vamos continuar unidos para apoiar Rosalba, agora e no futuro", afirmou o ministro. Momentos antes, Garibaldi disse o quanto é próximo a Henrique e que à exceção de Aluízio Alves, "não existiu alguém que o conhecesse tão bem, como Henrique Eduardo".
Durante entrevistas à imprensa, o ministro reafirmou: "Henrique dará apoio ao governo Rosalba. Estivemos em palanques diferentes, mas agora estamos juntos com Rosalba". A aproximação para a disputa eleitoral de 2012, com desdobramento para a sucessão estadual e a disputa de uma vaga para o Senado, no pleito de 2014, vem sendo negociada desde a quarta-feria, 10.
Na ocasião, como anfitrião, o presidente nacional do DEM, senador José Agripino Maia, se reuniu, em Brasília, com o deputado Henrique Eduardo (PMDB), o ministro Garibaldi Filho (PMDB) e o ex-deputado estadual Carlos Augusto Rosado (DEM). Ainda no Rio Grande do Norte, o deputado Henrique Eduardo almoça amanhã com a governadora, segundo informações repassadas à TN por fontes ligadas ao deputado.
O encontro será em Tibau, município litorâneo próximo de Mossoró, onde Rosalba tem casa. A primeira aliança entre os dois partidos foi há quatro anos.
Ontem, a governadora afirmou que "a tendência é de aumentar a aproximação". "Se temos uma aliança que foi vencedora, vamos estimular a manutenção", afirmou. Nas articulações para 2012, o DEM espera contar com o apoio do PMDB para um dos seus principais colégios eleitorais, a cidade de Mossoró, reduto da governadora.
Robinson afirma que não vê ameaça
O vice-governador, Robinson Faria, que lidera o PSD, partido que está em processo de registro, não vê como ameaça uma aliança entre o PMDB e DEM, com vistas às eleições 2012, já com acertos para o pleito 2014. "Quem vier para somar conosco e fortalecer o projeto da governadora Rosalba será bem vindo", afirmou. Ele afirmou em entrevista à TRIBUNA DO NORTE que não há crise institucional entre PSD e DEM.
"Não existe crise, pelo contrário há muita afinidade e compreensão de ambas as partes. O PSD é um partido que nasceu com a concordância dela; ficou forte, vai ser forte, e será um partido de governabilidade com Rosalba e ela que é nossa líder maior". Segundo ele, a ação judicial promovida pelo senador José Agripino não abalou a relação dele com a governadora.
"Quem entrou de forma unilateral com ação judicial foi o senador José Agripino. A própria governadora disse que não tem conhecimento da ação. Os deputados estaduais do DEM externaram descontentamento. Então é bom separar as coisas", afirmou Robinson Faria. O senador José Agripino, presidente nacional do DEM, promoveu ação contra o registro do PSD.
Segundo Robinson, os seis deputados estaduais do novo partido foram recebidos pela governadora. "Fomos demonstrar que a confiança está totalmente intacta. Agora é construir A política é assim mesmo. Tenho certeza de que a harmonia vai prevalecer". Ele disse não ter receio quanto à consolidação do PSD. "O PSD se formará no tempo tempo hábil para fazer as filiações com vistas às eleições municipais".
Robinson está confiante de que o partido chegará - num primeiro momento a 50 mil filiados. "Já estamos com 25 mil certificados em andamento em diversos cartórios do estado". Apesar da negociação entre os líderes do PMDB e do DEM, o vice-governador foi a cidade de Angicos para participar da inauguração da agência da Previdência Social. Dividiu o palco com Henrique Eduardo e Garibaldi Filho, do PMDB, e a governadora Rosalba Ciarlini, do DEM. PSD, com Robinson Faria e Ricardo Motta.
Deputada do PSB aponta contradição
O senador Paulo Davim (PV) recebeu com naturalidade a possível aliança entre o DEM e o PMDB, com vistas às eleições 2012. "A aglutinação de partidos é interessante porque fortalece o estado. Quanto mais unidos estivermos melhor para o desenvolvimento do Rio Grande do Norte", avalia Davim. Ele também esteve em Angicos, na solenidade de inauguração da nova agência do INSS.
Opinião diferente tem a deputada estadual Márcia Maia (PSB). "Independente de os partidos estarem aliados, cada um tem seu papel, de sempre apoiar o estado nas causas importantes", afirmou a deputada estadual. Ela fez críticas ao DEM. "Enquanto governo o partido tem que fazer sua parte. Cumprir os compromissos de campanha, o que não está acontecendo".
A deputada disse que vê como contradição um aliança entre o DEM e o PMDB. " Um é contra o governo federal, já deixou isso muito claro. O outro é a favor, então não vejo como ter aliança", disse. A deputada Márcia Maia destacou também que "a classe política pode estar unidade, independentemente de questões político-partidárias".
Em 2014, permanecendo essa tendência de aliança, como o senador José Agripino e o ministro Garibaldi Filho estão com os mandatos assegurados até até 2019, haveria a possibilidade da candidatura do grupo ao Senado ser a do deputado federal Henrique Eduardo Alves, numa chapa com a governadora Rosalba Ciarlini como candidata à reeleição.
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