terça-feira, 12 de julho de 2011

Governadora culpa 'herança maldita e medidas antipáticas'


A governadora Rosalba Ciarlini (DEM) creditou a uma "herança maldita" e a medidas "antipáticas", as quais disse ter sido obrigada a adotar no início da gestão estadual, o baixo índice de aprovação dos seis primeiros meses de governo, revelado pela pesquisa Certus publicada na edição de domingo (10) da TRIBUNA DO NORTE. Ela assinalou que "já esperava o ano difícil", reafirmou a dificuldade de atender clamores do funcionalismo público estadual, mas garantiu que até o final de 2011 diversas ações serão iniciadas culminando na reversão do cenário hoje verificado. "Trata-se de um no difícil, nós estamos nesses seis primeiros meses de dificuldades imensas administrando essa herança maldita, mas já vejo a luz no fim do túnel", destacou Rosalba Ciarlini. Na pesquisa, 55,6% dos entrevistados disseram desaprovar a administração de Rosalba Ciarlini, enquanto 25,4% responderam que aprovam. 
emanuel amaralGovernadora Rosalba Ciarlini aposta na melhoria da avaliação

A governadora disse ter ciência de que muitas das medidas tomadas pelo governo não foram bem assimiladas pela população, no entanto, reafirmou que estas são necessárias para a organização administrativa e para a recuperação de receita estadual. Rosalba diz não ter dúvidas de que proporcionará um revés positivo na administração do Rio Grande do Norte. "Sempre tem esse desgaste e a expectativa da população de que os resultados comecem a aparecer. Eles vão  aparecer, eu não tenho dúvida". Ela entende que a opinião externada pela população parte de uma visão  distorcida das medidas de contenção adotadas pelo governo. "Mas é preciso deixar claro que tudo que fizemos foi em respeito à lei de responsabilidade e na intenção de colocar o estado realmente dentro de uma linha de capacidade para poder investir e ao mesmo tempo superar essas inúmeras crises".

A governadora destacou que já estão em curso ações de governo  que ainda não dispuseram de visibilidade, mas que já plantam bons frutos que serão posteriormente colhidos pelo estado. Ela cita as parcerias que estão sendo negociada com o Banco Mundial com fim de estimular a cadeia produtiva do estado, a "luta" para consolidar a Copa do Mundo em Natal. "Mas isso tudo é a parte de preparação, essa fase tem sido muito disso, ordenando a parte administrativa e o planejamento".

A governadora falou também sobre os funcionários públicos que reivindicam a implantação de planos de carreiras já aprovados na Assembleia Legislativa. "São milhares de servidores que pedem algo que não estou no momento podendo atender. Eu quero demais atender para que eles se sintam valorizados, estimulados, mas só sou capaz de fazer se tiver meios. No momento o estado não tem condições". Ela disse que continua aberta ao diálogo com as categorias desde que se forme um grupo de trabalho para que, "com clareza e transparência", possa cumprir gradativamente as reivindicações postas em consonância com a receita a lei de responsabilidade fiscal.

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