O relator da reforma política na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS), deve apresentar seu relatório final sobre a proposta na segunda quinzena de junho. No documento, deverão constar o financiamento público de campanha e o sistema proporcional misto de votação.
“Precisamos emparelhar as condições dos candidatos. Atualmente, quem tem mais dinheiro, tem mais chance de se eleger”, disse.
O financiamento público estabelece a criação de um fundo de recursos para os partidos políticos usarem na campanha. Já o sistema proporcional misto fará com que o eleitor vote duas vezes: a primeira no partido e a segunda no candidato. Segundo Fontana, seria feita a soma dos votos e metade das vagas iria para o partido, que elegeria os candidatos previamente escolhidos por lista, e metade elegeria os candidatos mais votados.
Fontana disse que é favorável, ainda, ao fim das coligações partidárias, mas com a possibilidade de partidos pequenos criarem federações para poder concorrer. Essas federações deverão durar os quatro anos do mandato.
Temas polêmicos como o fim da reeleição estarão de fora do relatório de Fontana. “Esse é um assunto que divide a comissão, por isso, poderemos evitá-lo”, afirmou.
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